Foto: Página Eduardo Leite (Divulgação)
Hoje, o governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), terá seu primeiro teste de fogo na Assembleia Legislativa, com a votação da manutenção da elevação das alíquotas do ICMS por mais dois anos. E tudo indica que a futura gestão tucana passará no teste até com certa tranquilidade. Dos 55 deputados, o projeto deve receber mais de 30 votos, ainda mais com adesão do MDB ao governo, anunciada, no final da manhã de ontem.
Consciente da situação financeira do Estado e do tamanho da encrenca que assumirá com salários de servidores parcelados e repasses a hospitais e pagamento a fornecedores atrasados, Eduardo foi, assim que venceu a eleição, pessoalmente à Assembleia, percorrendo as bancadas, inclusive de oposição, para pedir apoio para aprovação do ICMS - bandeira defendida por ele na campanha. Do contrário, sem esse plus do imposto, a situação do caixa do Estado ficará ainda pior.
Em votação nesta tarde, MDB declara apoio a Eduardo Leite
Ele também soube costurar apoios e trazer novos partidos para a base. Em compensação, claro, terá de distribuir alguns cargos. Além disso, seu futuro chefe da Casa Civil, o ex-prefeito de Caçapava do Sul Otomar Vivian, passou os últimos dias visitando gabinetes na Assembleia para garantir os votos e ampliar o bloco de apoio. E pelo jeito terá êxito.
Criticado, principalmente, pelo seu adversário no segundo turno, o governador José Ivo Sartori (MDB), devido à juventude e à falta de experiência, o ex-prefeito de Pelotas, 33 anos, mostrou maturidade. Na primeira amostra, Eduardo Leite jogou bem.
A gestão Sartori teve dificuldades para aprovar projetos e, em alguns momentos, mostrou falta de habilidade política, inclusive com a própria base.